17 de julho de 2024 marca 30 anos de um dos momentos mais marcantes da história do futebol nacional: a conquista do tetracampeonato mundial pela Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 1994. Mais do que um simples título, o tetra representou a superação de um jejum de 24 anos sem levantar a taça, consolidando o Brasil como a maior potência futebolística do planeta.
Dessa forma a campanha vitoriosa nos Estados Unidos foi marcada por um time talentoso e coeso, comandado pelo técnico Carlos Alberto Parreira. Romário, o “Baixinho”, brilhou com seu faro de gol, enquanto Bebeto, encantou com dribles e passes precisos. Aldair e Márcio Santos formavam uma dupla de zaga implacável, e Taffarel se destacava na meta com defesas memoráveis.
A final contra a Itália, no Rose Bowl em Pasadena, foi épica. Após um empate sem gols no tempo normal e na prorrogação, a decisão do título foi para os pênaltis. Naquele fim de tarde tenso, os jogadores brasileiros mostraram sangue frio e precisão, convertendo todas as suas cobranças e vencendo por 3 a 2. O grito de “Tetra!” ecoou pelo estádio e por todo o Brasil, em um momento de pura euforia e emoção.
Como foi a Copa
O Brasil estreou na Copa em 20 de junho, às 17 h no horário de Brasília, no estádio Stanford. O adversário foi a Rússia, e o placar foi de 2 x 0 para a seleção canarinho. Quatro dias depois, foi a vez de golear Camarões pelo placar de 3×0. E fechou a primeira fase no dia 28 empatando com a Suécia por 1×1. Aqui vem uma curiosidade: foi a primeira partida da seleção brasileira em estádio coberto em sua história.
No dia 04 de julho, oitavas de final e independência dos Estados Unidos, a seleção da casa, entraria em campo, com a até então tricampeã. O jogo foi em São Francisco, com um público de 85 mil e a seleção venceu pelo placar magro de 1×0. A partida ficou marcada pela cotovelada do lateral Leonardo em Tab Ramos, que causou não só a expulsão do lateral pelo resto da Copa, além dos danos físicos ao jogador norte-americano, que só se recuperou definitivamente em dezembro, quando voltou a jogar com o seu clube de então, o Bétis, da Espanha.
Brasil ia avançando
Nas quartas de final, o Brasil enfrentou a Holanda. A vitória de 3×2, decidida por uma cobrança rasteira de falta de Branco, pôs o Brasil na semifinal.
Na semi-final foi o reencontro com os suecos, jogo mais difícil, tanto que a vitória veio só no final. Mas a classificação garantida para encarar a Itália, outra tricampeã. A disputa seria de quem costuraria a quarta estrela na camisa. Lembrando que as duas seleções já haviam se enfrentando em outra final, em 70. Lá a disputa foi para quem seria o primeiro tri. Deu Brasil, e a Itália só viria conquistar o terceiro título em 82.
A final terminou empatada em 0x0 seria a primeira decisão nos pênaltis.
Nas cobranças de pênaltis, Franco Baresi, um dos melhores zagueiros do mundo à época, chutou para fora enquanto Márcio Santos chutou para as mãos de Pagliuca; Demetrio Albertini fez 1-0 para a Itália; Romário empatou para o Brasil; Alberigo Evani acertou, fazendo 2-1; Branco tornou a empatar para o Brasil; Daniele Massaro chutou para uma espetacular defesa de Taffarel; Dunga, com muita raça, virou para o Brasil, 3-2; restava Roberto Baggio, craque do time italiano, que chutou para o alto.
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Curiosidades da Copa
Hoje é comum, no entanto, o nome na camisa só veio aparecer na Copa de 94. Assim sendo foi nesta Copa também que Zagallo se tornou recordista; até o momento, ele é o único a ter participado de quatro conquistas. Foi jogador em 1958 e 1962, técnico em 1970 e, agora, coordenador técnico nos EUA.
A partida entre Alemanha e Coreia do Sul, em Dallas, pela primeira fase, foi jogada sob o calor de 46ºC. É, até hoje, o jogo com a temperatura mais alta da história de uma Copa do Mundo. No Catar, onde poderiam ter batido o recorde, transferiram a competição para o final do ano justamente para fugir das altas temperaturas.
O russo Oleg Salenko fez cinco dos seis gols de sua seleção contra Camarões, goleado por 6 a 1, na Copa de 94. Foi o recorde de gols de um jogador em uma única partida.
O jogador colombiano Andrés Escobar, autor de um gol contra, foi assassinado dez dias após a equipe retornar ao país, em uma boate em Medellín.
É nesta edição que temos o jogador mais velho a balançar as redes: Roger Milla, o atacante camaronês, tinha 42 anos e marcou um gol diante da Rússia. No entanto, a equipe foi goleada por 6 a 1.
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