Iniciou-se o conclave que escolherá o 267º papa, e os olhos do mundo todo estarão voltados à chaminé da Capela Sistina, no Vaticano. A expectativa gira em torno da aguardada fumaça branca — o sinal de que a Igreja já tem um novo pontífice.
Alguns rituais são rigorosamente seguidos, sendo o mais conhecido o da eleição secreta, cujos detalhes são conhecidos apenas por quem está dentro do processo. Justamente hoje, os cardeais foram trancados a chave até que decidam quem será o próximo papa. A expectativa é que, até sexta-feira, o novo líder seja apresentado ao mundo.
O dia começou às 5h (horário de Brasília) com a missa Pro Eligendo Pontifice, dedicada à eleição. Antes do início da votação, foram realizados juramentos coletivos e individuais — um procedimento que reafirma o compromisso com o sigilo e a seriedade do processo. É improvável que algum cardeal quebre o juramento, mas, caso isso ocorra, a pena é a excomunhão.
A partir de amanhã, os cardeais votarão quatro vezes por dia — duas pela manhã e duas à tarde — até que um deles seja escolhido. Para isso, é necessário obter dois terços dos votos, ou seja, 89 votos. Ao final de cada rodada, as cédulas são queimadas, e a cor da fumaça indica o resultado: preta, se não houve decisão; branca, se o papa foi eleito.
Caso até domingo não haja um vencedor, o conclave pode ser temporariamente suspenso para momentos de oração e conversas informais entre os cardeais. O processo pode se estender por até 10 dias de votações, com pausas a cada sete rodadas. Se, até a 34ª votação, ninguém for escolhido — o que é extremamente raro —, os dois cardeais mais votados passam a disputar a preferência entre os demais eleitores.
Se seguir a tendência dos últimos conclaves, a expectativa é que, na tarde de sexta-feira, o camerlengo pronuncie a famosa frase: Habemus Papam.