Suécia sempre foi uma nação pacífica, não se envolve em conflitos há tempos, a última vez foi lá por volta do século XIX. Dessa forma o país adotou uma política de neutralidade durante a maior parte do século XX, inclusive durante as duas Guerras Mundiais. No entanto, agora um de seus vizinhos quer mudar este cenário. Embora a Suécia envie tropas em missão de paz, o país ainda não é um membro da OTAN, porém é candidato. E a Rússia não gostou nada disto e já muda o tom da região.
No entanto, não parece ser um simples blefe, o governo sueco já deixa o exército em alerta e o país entra em debate sobre a possível ameaça. “Pode haver uma guerra na Suécia”, disse o ministro da Defesa Civil, Carl-Oskar Bohlin, em uma conferência de defesa no domingo, alertando contra a complacência.
Além de seu pedido de adesão à OTAN, a Suécia assinou um acordo no início de dezembro autorizando os Estados Unidos a ter acesso a 17 bases militares em seu solo. O comandante-chefe das forças armadas suecas, Micael Byden, em um evento fez uma analogia com a Ucrânia: “Você acha que isso poderia ser a Suécia?”.
“A guerra da Rússia contra a Ucrânia é um estágio, não um objetivo final, visando estabelecer uma esfera de influência e destruir a ordem mundial baseada em regras”, disse Byden.
Ele ainda alerta da necessidade dos suecos se prepararem mentalmente para guerra.
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Suecos preocupados
E o assunto rapidamente tornou-se um dos mais comentados no país, preocupando inclusive crianças. Uma ONG de direitos das crianças, Bris, percebeu um aumento nas ligações nos últimos dias, e praticamente todas as ligações são de crianças preocupadas com a ameaça russa. Muitas delas ouvem relatos do que está acontecendo na Ucrânia e ficam temerosas.
“Os níveis de ansiedade de muitas crianças suecas se agravou por essas informações”, disse Magnus Jagerskog, secretário-geral da associação, em um comunicado a imprensa.
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