Três cabos submarinos do Mar Vermelho, responsáveis por fornecer internet e telecomunicações globalmente, foram cortados ao longo da rota marítima. Ainda alvo dos rebeldes houthis do Iêmen, conforme informaram autoridades nesta segunda-feira (4). A razão do corte ainda não está clara, levantando preocupações sobre a possibilidade de os cabos serem alvos na campanha dos houthis para pressionar Israel a encerrar o conflito com o grupo Hamas na Faixa de Gaza. Embora os houthis neguem envolvimento, a sabotagem dessas linhas de telecomunicações agrava ainda mais a crise já existente.
A HGC Global Communications, com sede em Hong Kong, anunciou que os cortes afetam 25% do tráfego no Mar Vermelho, uma rota vital para o transporte global de carga e energia. As linhas afetadas incluem Ásia-África-Europa 1, Europe India Gateway, Seacom e TGN-Gulf. A empresa já começou a redirecionar o tráfego afetado.
A HGC Global Communications e a Tata Communications, responsável pela linha Seacom-TGN-Gulf, estão tomando medidas para reparar os cabos cortados. As autoridades iemenitas acusaram as operações militares britânicas e norte-americanas pelas interrupções, alegação ainda não respaldada por provas. A causa precisa do corte dos cabos permanece incerta. Mas consideram a possibilidade de que o arrasto de âncoras de navios em uma região de intenso tráfego marítimo possa afetá-los.
Atualmente, existem 14 cabos atravessando o Mar Vermelho, com outros seis planejados. Mais de 90% das comunicações entre Europa e Ásia passam por cabos submarinos nessa região, sendo que as operadoras incorporaram redundância significativa para garantir a resiliência do sistema.
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