Leões já foram criados em quintal de casa em Curitiba

Na década de 1980, um morador da capital paranaense surpreendeu o país ao criar leões em casa. Descubra como os vizinhos reagiram e por que isso seria impensável hoje.

Nos arquivos da televisão brasileira, há reportagens que permanecem vivas na memória coletiva — não pelo escândalo, mas pela curiosidade que despertam até hoje. Uma dessas pérolas surgiu em 1986, em plena programação da TV Globo. O cenário? Nada menos que um quintal em Curitiba onde moravam… leões.

Sim, você leu certo. Um morador da capital paranaense criou dois leões de verdade no fundo de casa, como se fossem cães de guarda exóticos — ou melhor, felinos de peso. O objetivo, segundo a matéria da época, era vendê-los . Os animais haviam sido adquiridos de um circo e consumiam, cada um, cerca de três quilos de carne por dia.

Leões no quintal e crianças na festa

Enquanto muitos imaginariam vizinhos em pânico, barricados em casa por medo de ataques, a realidade foi bem diferente. Segundo o que revelou a reportagem da época, os felinos se tornaram praticamente a atração da vizinhança. Crianças se aglomeravam no portão para vê-los, e alguns moradores chegavam a considerar os leões parte da comunidade local.

Não havia cercas elétricas, vigilância sanitária ou fiscalização ambiental como conhecemos hoje. Era uma época em que a falta de regulamentação abria espaço para situações inusitadas — e até perigosas.

Quando o exótico era apenas “curioso”

Nos anos 80, a posse de animais selvagens ainda não era encarada com o mesmo grau de consciência ambiental que temos atualmente. O comércio de espécies exóticas ocorria com mais facilidade, e a noção de bem-estar animal engatinhava.

Hoje, qualquer tentativa de manter leões em residências urbanas causaria multas pesadas, apreensão imediata dos animais e um verdadeiro alvoroço nas redes sociais. Mas, naquela época, o caso virou notícia pela originalidade, não pela indignação.

O que aconteceu com os leões?

A reportagem não detalhou o destino final dos animais, mas tudo indica que os leões foram vendidos ou transferidos para outro espaço — possivelmente um zoológico ou criadouro. Naquele tempo, o acompanhamento por órgãos ambientais era praticamente inexistente, o que dificulta o rastreamento posterior.

Ainda assim, o episódio serve como lembrança de um Brasil onde o improviso se misturava à falta de legislação, e o extraordinário esbarrava na imprudência.

Reflexão: entre a nostalgia e a responsabilidade

Resgatar histórias como essa nos permite olhar para o passado com um misto de espanto e curiosidade. Afinal, como era possível criar animais selvagens no quintal sem provocar revolta geral? A resposta está no tempo: fomos mudando, aprendendo, evoluindo.

Hoje, temos leis ambientais mais rígidas, campanhas de conscientização e uma sociedade muito mais atenta ao bem-estar animal.

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