Os santos padroeiros são membros da comunhão dos santos que determinados grupos procuram para intercessão especial. Pode haver padroeiros para causas e devoções ainda mais específicas.
O advogado, escritor e poeta Gilmar Cardoso explica que a palavra – Patrono ou Padroeiro – vem de patronariu, patronus (latim) e significa defensor, aquele que defende; e os primeiros cristãos tinham o costume de invocar os santos para que ajudassem em sua vida de fé diante das dificuldades que enfrentavam. Quando em uma localidade um santo era invocado por muitas pessoas ele se tornava o padroeiro daquele lugar. Na história da Igreja este fato tornou-se muito comum no século VII.
Gilmar Cardoso destaca que o termo latino é uma derivação da palavra “pater” pai, transmitindo a ideia de alguém que nos protege, nos defende, que age em nosso favor. Por essa razão e com esse intuito comunidades e igrejas são confiadas ao patronato de um santo. Antigamente, por ocasião de um batismo, com a mesma intenção, sugeria-se a inclusão de algum santo no nome do batizando.
Neste mês de junho, famoso pelas tradicionais festas, temos que trinta e um municípios (31) paranaenses contam com SANTO ANTONIO como PADROEIRO enquanto quatro têm o santo como o nome principal (Santo Antonio da Platina, Santo Antonio do Caiuá, Santo Antonio do Paraíso e Santo Antonio do Sudoeste); 19 são dedicados à SÃO PEDRO, que também dá nome para três municípios no Estado (São Pedro do Iguaçu, São Pedro do Ivaí e São Pedro do Paraná) e noutros 22 o Patrono é SÃO JOÃO, que ainda denomina com o nome quatro cidades paranaenses (São João, São João do Caiuá, São João do Ivaí e São João do Triunfo).
A tradição dos santos padroeiros tem raízes históricas profundas na Igreja, oferecendo uma forma para os fiéis se conectarem com as histórias e virtudes desses santos. Embora essa prática seja opcional e não seja um requisito da fé católica, ela tem sido um aspecto significativo da espiritualidade, concluiu o poeta Gilmar Cardoso.