O Paraná vive um dos capítulos mais tristes de sua história no futebol. Após 34 anos ininterruptos com representantes na elite do Brasileirão, o estado ficará de fora da Série A em 2025. O Athletico, no ano de seu centenário, encerrou o campeonato nas últimas colocações após uma derrota para o Atlético-MG. Enquanto isso, Coritiba e Operário, que disputaram a Série B, também falharam em conquistar o acesso. Resultado: o Paraná estará zerado na primeira divisão no próximo ano.
Estar na Série A é muito mais do que status. Trata-se de visibilidade, desenvolvimento de novos talentos e projeção nacional. Mas, infelizmente, a falta de uma federação forte e organizada no Paraná reflete diretamente na competitividade dos nossos clubes. Precisamos deixar de apenas “lutar para não cair” e começar a buscar metas mais ambiciosas e consistentes.
A torcida paranaense é apaixonada e acompanha suas equipes com dedicação. Os clubes contam com estruturas de qualidade, como CTs modernos e um dos melhores estádios do país, a Arena da Baixada. No entanto, isso não tem se traduzido em elencos competitivos ou campanhas de destaque.
O ano de 2024, que começou com promessas, terminou como um pesadelo. Agora, cabe aos dirigentes aproveitarem o amargo gosto para reavaliar suas estratégias. Para 2025, não há outro objetivo aceitável: retornar à elite. Tanto o Athletico quanto o Coritiba precisam recuperar o prestígio do estado, e quem sabe, o Operário também conquiste uma das quatro vagas para que, em 2026, possamos ter três representantes na Série A. Além disso, Londrina e Maringá, na Série C, precisam lutar pelo acesso à Série B. E claro, os clubes que disputarem a Série D também devem buscar subir de divisão.
Não será fácil, torcedor. Mas não é hora de abandonar os times, o momento pode ser de revolta, incompreensão, vergonha; mas jamais de abandono. Sei que a maioria gostaria de uma confederação competitiva equivalente a gaúcha ou a mineira. Mas, é o que temos. Agora em janeiro começa o paranaense, vamos ter um espelho de como estará o novo elenco. Se necessário mudança, esta será a hora de agir. Sei que a maioria dos torcedores nunca viu tal cenário, de ausência de paranaenses, mas aconteceu, aconteceu.
A partir de agora a torcida tem que ser sempre para pelo menos ter dois times na Série A, não ficar se achando o suprassumo quando se é o único na elite, pois isto não é benéfico para o estado nem ajuda no fortalecimento. Ter rivalidade, OK, brincar faz parte. Mas quando seu rival cai, parte de ti também cai. Afinal, uma andorinha solitária não faz verão. Agora esperamos que os clubes aprendam e lutem para valorizar o futebol do estado. Pois não tem uma federação que seja forte com apenas um clube.
Que 2025 seja o ano da reconstrução. Que possamos olhar para frente e planejar um futuro em que nossos clubes voltem a ser protagonistas. E que, ao final do próximo ano, possamos escrever um texto celebrando o retorno dos paranaenses à elite. Não queremos nem cogitar outra possibilidade.
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