O Dia da Consciência Negra celebra a luta de Zumbi e a resistência dos afrodescendentes no Brasil
O próximo dia 20 de novembro é conhecido como o dia da Consciência Negra no Brasil e, neste ano, cairá em uma quarta-feira. A data já era feriado em cerca de 1,2 mil cidades e em seis estados: Mato Grosso, Rio de Janeiro, Alagoas, Amazonas, Amapá e São Paulo. Válido no Brasil a partir da sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em dezembro de 2023.
O evento passa a ser pela primeira vez considerado feriado em todo território nacional e é celebrado por movimentos de direitos civis desde os anos 1960, como forma de valorizar a luta e a cultura negra.
Segundo o advogado e consultor legislativo Gilmar Cardoso, a celebração oficial faz referência à morte de Zumbi, líder do Quilombo dos Palmares, e fomenta a igualdade racial e luta contra o racismo no Brasil.
Origem do Dia da Consciência Negra
Inconformados com a situação dos negros no Brasil, quatro jovens propuseram, na Porto Alegre de 1971, que houvesse um dia no calendário para a população refletir sobre a questão racial. Foi na capital gaúcha que eles idealizaram o Dia da Consciência Negra, data que virou referência em todo o país.
A data foi proposta por Antônio Carlos Côrtes, Oliveira Silveira, Vilmar Nunes e Ilmo da Silva, fundadores do grupo Palmares. Jovens à época, eles discordaram da celebração no 13 de maio, Dia da Abolição da Escravatura, com o argumento de que, a data simboliza o dia em que a Princesa Isabel assinou a Lei Áurea, porém, nela os negros deixaram formalmente de ser escravos e ficaram em um limbo, sem garantias de trabalho e incentivos para estudar.
Apesar da origem em Porto Alegre, o movimento que tomou todo o Brasil nunca foi celebrado como feriado municipal na capital dos gaúchos. Proposta em 2015 pelo então vereador Delegado Cleiton e sancionada por José Fortunatti, prefeito da Capital à época, a ideia foi barrada na Justiça após ação movida pelo Sindicato dos Lojistas do Comércio (Sindilojas).
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Por: Gilmar Cardoso