Quem Foi o Polvo Paul e Por Que Ele Marcou a História das Copas

Em 2010, no auge da Copa do Mundo da África do Sul, o mundo inteiro parou para assistir a um novo tipo de estrela: o Polvo Paul. De dentro de um aquário na Alemanha, o simpático molusco virou celebridade mundial ao “prever” corretamente todos os resultados da seleção alemã — e até o campeão do torneio.

O que começou como uma brincadeira de aquário acabou se tornando um dos maiores fenômenos midiáticos da história das Copas.

🐙 Quem foi o Polvo Paul

Paul vivia no Sea Life Centre, em Oberhausen, na Alemanha. Nascido na Inglaterra em 2008, o polvo foi levado ainda jovem ao aquário alemão, onde rapidamente se tornou uma atração curiosa. Durante a Copa de 2010, os funcionários decidiram fazer um teste divertido: colocar duas caixas transparentes, cada uma com um mexilhão e a bandeira de um país.

A caixa que o polvo abrisse primeiro seria considerada o palpite do vencedor.

O resultado? Paul acertou todos os jogos da Alemanha, incluindo a semifinal, quando apontou a vitória da Espanha — e depois, na grande final, escolheu novamente os espanhóis, confirmando o título mundial.

🎯 Um fenômeno estatístico (e midiático)

A probabilidade de acertar oito resultados seguidos apenas por sorte é de 1 em 256 (menos de 0,4%). Essa sequência improvável fez com que o polvo virasse manchete nos principais jornais do planeta, ganhasse memes, homenagens e até documentários.

Durante as transmissões, suas previsões eram aguardadas com a mesma ansiedade que a escalação dos times. O carisma de Paul conquistou até quem não entendia nada de futebol.

🔬 Ciência ou sorte?

Apesar do sucesso, os biólogos explicam que não havia previsão sobrenatural envolvida. O polvo apenas escolhia entre duas opções visuais, podendo ser influenciado por fatores como cores, posição das caixas ou reflexos da luz.

Mas, como o futebol também vive de superstição e emoção, o público preferiu acreditar que Paul tinha um “dom” especial. Afinal, até os jogadores da Alemanha chegaram a comentar suas previsões em entrevistas.

🌍 Um legado que marcou a história das Copas

Após a Copa do Mundo, Paul se aposentou das previsões e viveu tranquilamente até outubro de 2010, quando morreu de causas naturais. O aquário construiu uma espécie de memorial em sua homenagem, com uma urna decorada com uma bola de futebol e bandeiras das seleções que ele havia “analisado”.

Seu nome ficou para sempre associado à Copa de 2010 — uma edição lembrada tanto pela conquista da Espanha quanto pelo carisma de um polvo que, por acaso ou sorte, encantou o mundo.

🏆 Um símbolo da magia do futebol

O caso do Polvo Paul mostra como o futebol ultrapassa o campo e se mistura à cultura, à superstição e à emoção coletiva. O esporte é, antes de tudo, feito de histórias — e poucas são tão improváveis e divertidas quanto a de um polvo que previu o destino de uma Copa do Mundo.

Os sucessores do Polvo Paul: os “videntes” das Copas do Mundo

O polvo Paul virou uma lenda da Copa do Mundo de 2010. O sucesso foi tão grande que, nas Copas seguintes, o mundo inteiro quis repetir a façanha com novos animais “videntes”.

Mas será que algum deles chegou perto do desempenho do polvo mais famoso do futebol?

🐘 Nelly, a elefanta da Alemanha (Copa de 2014)

Tentando manter a tradição, a Alemanha apresentou Nelly, uma elefanta treinada para chutar bolas em direção aos gols com as bandeiras dos países. Apesar de alguns acertos, Nelly não conseguiu repetir o sucesso do polvo Paul. Ainda assim, virou atração no zoológico de Hodenhagen, e os torcedores adoraram o show antes das partidas.

🐢 Cabeção, a tartaruga brasileira

No Brasil, quem assumiu o posto de oráculo da Copa de 2014 foi a tartaruga Cabeção, que vivia em Salvador. Ela escolhia entre sardinhas colocadas junto às bandeiras das seleções. Cabeção chegou a acertar o resultado do jogo de estreia, mas errou nas fases seguintes — e acabou mais famosa pela simpatia do que pelas previsões.

🐧 Petty, o pinguim japonês

No Japão, o aquário de Hakone apresentou o pinguim Petty, que também seguia o ritual das bandeiras. Apesar da torcida, Petty não teve a mesma sorte e errou os resultados do time japonês. Ainda assim, ganhou carinho do público local e foi adotado como mascote não oficial da seleção.

🐙 Rabiot, o polvo japonês da Copa de 2018

O Japão voltou a apostar em um polvo na Copa de 2018: Rabiot. Ele acertou as três primeiras previsões — vitória sobre a Colômbia, empate com Senegal e derrota para a Polônia —, mas antes que pudesse continuar, o dono do aquário decidiu vendê-lo para consumo. O episódio gerou polêmica e viralizou nas redes sociais, reforçando a fama do “sucessor de Paul”.

🐻 Borys, o urso russo

Na Copa da Rússia, em 2018, o urso Borys ganhou destaque ao prever a vitória da seleção russa no jogo de abertura. Borys fazia suas escolhas com bandeirinhas e gestos treinados, atraindo turistas e jornalistas. Apesar de não manter uma sequência de acertos, o urso virou uma das curiosidades mais comentadas daquela edição.

🏆 A mística que continua viva

Desde o polvo Paul, nenhum animal conseguiu igualar a precisão e o carisma do “oráculo dos mares”. Ainda assim, a tradição segue viva — afinal, o futebol se constitui também de superstição, sorte e boas histórias. E, enquanto houver Copas, sempre haverá alguém tentando adivinhar o futuro… seja com números, palpites ou tentáculos.

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