Você já deve ter ouvido a seguinte frase: a vida é um sopro. Assim sendo, e uma das únicas certezas que temos é que mais dia, menos dia ela se acaba. E tradicionalmente as pessoas têm por hábito enterrar o corpo do ente querido. No entanto, nos últimos tempos esta se popularizando a cremação, considerada mais ecológica. E o descarte das cinzas, geralmente, atende a um desejo do falecido: mar, jardins, são alguns dos lugares de desejo. No entanto, uma nova modalidade promete elevar ainda mais este desejo, ter suas cinzas deixadas na lua.

A Celestis: Pioneira nos Serviços Funerários Espaciais

Contudo, não pense que isso é ficção cientifica, ou algo somente lá para o futuro. Já existem empresas especializadas neste serviço: a pioneira é a Celestis. E uma das primeiras missões foi no final dos anos 90. Em 97, era mandado para a órbita da Terra os primeiros seres humanos que expressaram este desejo. Já em 99, a sonda Lunar Prospector, da NASA, depositou na lua as cinzas do geólogo Eugene M. Shoemaker, considerado pai da ciência planetária.

Primeiro ser humano a ter suas cinzas deixada na lua

Em suma, a missão que levou Shoemaker para seu túmulo fora da Terra foi o voo Luna 01 da Celestis; o Luna 02 teve como passageiro ilustre o lendário escritor de ficção científica Arthur C. Clarke (ou, pelo menos, amostras do seu DNA), morto em 2008.

Cinzas de outras pessoas também estão vagando pelo espaço, exemplo: o roteirista e produtor de Star Trek; Gene Roddenbery (cujas cinzas foram ao espaço no primeiro voo da Celestis, em 1997, o Founders Flight) e sua mulher, a atriz Majel Barret, que tinha o desejo que suas cinzas orbitassem o sol.

Leia também: Morte em campo, atletas que perderam a vida

Levar cinzas ao espaço traz polêmica em tribo indígena

Grupos indígenas dos Estados Unidos, consideram tal prática profana. E o debate veio logo após o foguete Vulcan Centaur ser lançado para ir em direção à Lua com cargas que incluiam cinzas humanas. Para depositar restos mortais na Lua, a Celestis, por exemplo, cobra a partir de US$ 13 mil.

Indígenas Navarros, chegaram a sugerir o cancelamento do lançamento por causa das cinzas. Para eles, a Lua é um lugar sagrado e colocar restos humanos no local seria uma violência contra a tradição e a religião.

“A sacralidade da Lua está profundamente arraigada na espiritualidade e na herança de muitas culturas indígenas, incluindo a nossa. Colocar restos mortais humanos na Lua é uma profanação deste corpo celeste reverenciado pelo nosso povo”


Buu Nygren, representante dos Navarros, em comunicado de imprensa.

Siga-nos nas redes sociais: Instagram, Facebook

E você…

E quando sua hora chegar, qual será o destino do seu corpo? Quer o enterro tradicional ou prefere cremação? E sendo cremado, qual destino deseja para suas cinzas?

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *