Qual foi o jogo mais aleatório que você já viu?

Eu poderia citar dois: Cuba x Bermuda e Suriname x El Salvador, ambos pelas eliminatórias da Concacaf para a Copa do Mundo de 2026.

O que mais me chamou a atenção não foi o placar, mas o incomum — especialmente o estádio em Cuba, onde a partida classificou Bermuda para a terceira fase. (Estadio Antonio Maceo estadio, Santiago de Cuba). Estamos acostumados com arenas modernas, gramados impecáveis e estádios de alto padrão. Mas o futebol também vive em lugares onde ele ainda engatinha, ou onde nunca será possível erguer uma estrutura “padrão FIFA”.

E nem sempre por falta de dinheiro. Existem países tão pequenos que um grande estádio seria inviável. Imagine um estádio com 70 mil lugares — como o Maracanã — e pense que há nações inteiras com uma população menor do que isso. Não é exclusividade das ilhas do Caribe ou do Pacífico; países europeus minúsculos, como San Marino e Liechtenstein, também enfrentam essa realidade.

Mesmo assim, é bonito ver a vontade desses jogadores de competir, de sonhar em fazer história. É possível? No futebol, tudo é possível. Até hoje, a menor nação a se classificar para uma Copa foi Cabo Verde, mas podemos ter uma ainda menor nesta edição: Curaçao, que está muito perto disso.

A seleção da ilha venceu a favorita Jamaica e agora só depende de si mesma. O segredo? Uma estratégia genial da federação.
Como Curaçao foi colônia da Holanda, muitos descendentes vivem no país europeu. Lá, dificilmente teriam chance na “Laranja Mecânica”. Então, a federação local decidiu repatriar talentos, convocando jogadores com origem na ilha — uma tática também adotada por Suriname. E pelo visto, a ideia deu certo.

Mas aí surge a pergunta: como acompanhar esses jogos?
Antigamente, ficávamos reféns de um único grupo de comunicação. Assistíamos o que eles transmitiam — e ponto. Às vezes, compravam os direitos de um campeonato só para não exibir, o que nos deixava sem opção.

Hoje, a história é diferente. Com a internet e o streaming, podemos assistir a partidas alternativas do outro lado do mundo, muitas vezes até com narração em português.
Um dos lugares para ver esses jogos é o site oficial da FIFA, além de diversos canais no YouTube. É a verdadeira democratização do esporte.

O mundo se tornou global até dentro das quatro linhas. E, de certo modo, Jules Rimet, criador da Copa do Mundo, sonhava exatamente com isso — tornar o futebol acessível a todos. Ele viveu para ver apenas cinco Copas, pois morreu em 1956, mas acredito que ficaria feliz em saber o quanto o futebol se espalhou e se tornou universal.

Graças à tecnologia, hoje podemos acompanhar o que acontece em qualquer canto do planeta. As partidas mais aleatórias que assisti só foram possíveis porque tudo está conectado.
Não precisamos mais esperar o jornal do dia seguinte para saber os resultados — especialmente daqueles jogos “escondidos” que antes nem chegavam às páginas esportivas.

E você?
Qual foi o jogo mais alternativo que já acompanhou?

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