Palmeiras não tem Mundial? Entenda a origem da zoeira

No Brasil, poucas frases são tão conhecidas entre torcedores quanto a provocação: “Palmeiras não tem Mundial”. Mas de onde veio essa brincadeira? E afinal, o Verdão tem ou não tem um título mundial?

O começo de tudo

A origem da polêmica remonta a 1951, quando o Palmeiras venceu a Copa Rio Internacional, um torneio realizado no Brasil com clubes campeões da Europa e da América do Sul. Naquela época, a competição foi considerada grandiosa, e o clube alviverde derrotou a poderosa Juventus da Itália na final, em pleno Maracanã.

Por muitos anos, esse título foi visto pelos palmeirenses como uma espécie de Mundial interclubes, mesmo que não tivesse sido organizado pela FIFA.

O reconhecimento da FIFA

Em 2014, após uma longa campanha da diretoria e da torcida, a FIFA reconheceu oficialmente o título da Copa Rio de 1951 como o primeiro torneio mundial de clubes da história. Joseph Blatter, então presidente da entidade, chegou a entregar uma placa comemorativa ao clube.

Mas isso foi o suficiente para encerrar a zoeira? Claro que não.

O nascimento do meme “Palmeiras não tem Mundial”

A partir dos anos 2000, com a criação do Mundial de Clubes da FIFA no formato moderno (com clubes campeões de todos os continentes), os rivais do Palmeiras passaram a provocar o clube, dizendo que “só vale Mundial depois de 2000”. A frase “Palmeiras não tem Mundial” virou bordão, meme e tema de incontáveis piadas na internet.

Torcedores do Corinthians, São Paulo, Flamengo e outros times espalharam a brincadeira em memes, camisetas, faixas e até em músicas de torcida.

Uma zoeira que virou patrimônio cultural do futebol

Hoje, o meme já ultrapassou as fronteiras do futebol. Está presente em vídeos de TikTok, Reels, GIFs e até em entrevistas com jogadores. Mesmo com o reconhecimento oficial da FIFA, a zoeira resiste, e o palmeirense — que costuma ser muito orgulhoso do seu time — já aprendeu a rir (ou rebater com argumentos históricos).

Afinal: o Palmeiras tem ou não tem Mundial?

Tecnicamente, sim. A FIFA reconhece o título de 1951 como um Mundial de Clubes.
Na zoeira, não. Porque para os rivais, o que vale é provocar — e no futebol brasileiro, isso também é parte do espetáculo.

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