TV Globo: 60 anos de histórias que o Brasil viveu junto

No dia 26 de abril de 1965, o Brasil ganhava um novo som ambiente. Um som que, desde então, nunca mais se apagou: o “plim plim” da TV Globo. De lá para cá, são seis décadas em que a emissora atravessou a sala de estar, o rádio-relógio, o celular e o coração dos brasileiros, como quem constrói não apenas audiência, mas identidade cultural.

Nascida em um momento de profundas transformações sociais e políticas no país, a Globo se fez companhia diária para milhões. Foi espelho e farol, manchete e trilha sonora, memória afetiva e companhia para o café da manhã, para o almoço em família, para o jantar em frente à televisão. Mais que canal, virou fenômeno: moldou sotaques, embalou sonhos, lançou modas, criou bordões e, sobretudo, contou — com drama, humor, jornalismo e fantasia — a história do Brasil para os próprios brasileiros.

Da era do preto e branco às transmissões ultramodernas em LED com 50 milhões de pixels, a Globo soube se reinventar a cada virada de década. Dos tempos em que “ir para a televisão” era sinônimo de glória máxima, até hoje, em que o celular na palma da mão exibe a programação do Globoplay, a emissora nunca deixou de fazer parte do cotidiano nacional.

Em 2025, ao completar seus 60 anos, a Globo celebra não apenas uma trajetória de sucesso, mas o próprio centenário do Grupo Globo. A “Vênus Platinada” dos anos 90 se modernizou: nas redes sociais, é “Glô” — uma gíria carinhosa que traduz o grau de intimidade que ela construiu com o povo. Afinal, há frases que atravessam gerações: “Se passou na Globo, é importante”.

E não é para menos. Hoje, 96% dos brasileiros consomem conteúdos da emissora ao longo do ano. Dois terços assistem toda semana. O conteúdo global já foi traduzido para 70 idiomas e exportado para 160 países. Foram mais de 90 indicações ao Emmy Internacional — um reconhecimento mundial.

A Globo é uma fábrica de sonhos, sim, mas é também um gigantesco diário nacional. Um arquivo vivo, tecido de cenas, narrativas e emoções que ecoam desde o sinal de sua primeira transmissão.

Celebração histórica: um domingo de homenagens

No domingo, 27 de abril, a celebração toma conta da programação. O “Globo Rural” e o “Esporte Espetacular” trazem matérias especiais, e a “Temperatura Máxima” apresenta o filme original “A Fábrica de Sonhos”, produzido nos Estúdios Globo, mergulhando no próprio legado da emissora.

O “Domingão com Huck” homenageia a tradição dos programas de auditório, e direto do Maracanã, o clássico Flamengo x Corinthians transforma-se em um evento de gala, com a paixão nacional do futebol somando-se à festa televisiva.

O “Fantástico”, a revista eletrônica que há décadas narra os domingos brasileiros, ganha uma nova abertura — uma reverência à própria história do programa e um convite a seguir em frente. Na sequência, a estreia de “Gloria”, série documental que eterniza a carreira e o impacto de Gloria Maria, mulher que personificou a curiosidade, a coragem e a graça que a Globo sempre buscou transmitir.

Segunda-feira: entre tradição e renovação

No dia 28, a festa continua: o “Mais Você” celebra com uma divertida disputa pelo melhor bolo de aniversário da Globo. A “Sessão da Tarde” exibe “Coisa de Novela”, novo filme original estrelado por Susana Vieira e Valentina Herszage.

Às 19h, estreia a aguardada novela “Dona de Mim”, com um elenco estelar que reúne Tony Ramos, Claudia Abreu, Juan Paiva e Clara Moneke. E para os nostálgicos, um momento icônico: Odete Roitman, agora vivida por Deborah Bloch, retorna triunfal à trama de “Vale Tudo”, selando a ponte entre passado e presente.

O ápice das comemorações chega à noite com o Show 60 anos da TV Globo — um encontro histórico de humoristas, jornalistas, atores, músicos e atletas, responsáveis por algumas das páginas mais inesquecíveis da trajetória da emissora. Um verdadeiro abraço coletivo de quem construiu e ainda constrói essa história.

Globo: um Brasil que se conta

Com 118 afiliadas, 20 canais de assinatura, plataforma de streaming, produtos digitais e um apetite constante por inovar, a Globo segue olhando para frente — mas com respeito profundo às suas raízes.

Sessenta anos depois, continua sendo o que sempre foi: um espelho onde o Brasil se reconhece e, também, se reinventa. Um espelho que fala todas as línguas do país, entende suas dores e celebra suas conquistas. Um espelho que, a cada “plim plim”, registra não apenas o que passa na tela, mas o que passa na vida dos brasileiros.

E se o futuro da televisão é um mistério, uma certeza permanece: enquanto houver histórias para contar, a Globo seguirá firme, câmera na mão, coração aberto — e Brasil no olhar.

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