Léo Batista, a voz icônica da Globo, morre aos 92 anos: legado de mais de 70 anos no jornalismo esportivo
Léo Batista, nome artístico de João Baptista Belinaso Neto, faleceu neste domingo, aos 92 anos, no Rio de Janeiro. O jornalista esportivo estava internado em estado grave após enfrentar complicações decorrentes de um tumor no pâncreas e trombose.
Léo foi hospitalizado em 6 de janeiro devido a desidratação e fortes dores abdominais. Exames realizados no período identificaram o tumor no pâncreas, agravando seu estado de saúde.
Quem foi Léo Batista?
Com mais de 70 anos de carreira, Léo Batista marcou a história da comunicação esportiva no Brasil. Ele começou no rádio, cobrindo sua primeira Copa do Mundo em 1950. Nascido em Cordeirópolis (SP), iniciou sua trajetória aos 15 anos, trabalhando em serviços de alto-falantes na cidade natal.
Na televisão, sua estreia foi em 1955, na extinta TV Rio. Em 1970, Léo migrou para a Globo, onde participou da cobertura da Copa do Mundo daquele ano. Ele foi um dos criadores do programa Globo Esporte e se tornou o apresentador mais antigo em atividade na emissora.
Léo também foi o primeiro apresentador do Jornal Hoje (1971), do Esporte Espetacular (1973) e do Globo Esporte (1978). Além disso, ficou conhecido por narrar os famosos “gols do Fantástico” nas noites de domingo.
Legado e curiosidades sobre a carreira
Batista, apelidado de “A Voz Marcante”, teve sua trajetória celebrada com um documentário do SporTV, dividido em quatro episódios. Entre seus feitos históricos estão a narração das primeiras transmissões de surfe e Fórmula 1 na televisão brasileira. Ele também foi o responsável por noticiar a morte do presidente Getúlio Vargas em 1954.
Fora do esporte, apresentou o programa de auditório Clube da Alegria e algumas edições do Jornal Nacional aos sábados.
Ao longo da carreira, participou de coberturas de 13 edições de Jogos Olímpicos e 13 Copas do Mundo, consolidando-se como um dos nomes mais importantes do jornalismo esportivo no Brasil.
Homenagens e vida pessoal
Torcedor declarado do Botafogo, Léo Batista recebeu uma cabine com seu nome no estádio Nilton Santos e ganhou camisas personalizadas do clube.
Viúvo desde 2022, ele foi casado por seis décadas com Leyla Chavantes Belinaso, que faleceu tragicamente.
Durante a pandemia, ele se dedicou ao artesanato, criando peças como bandejas e porta-chaves, inspiradas por habilidades manuais desenvolvidas na infância, enquanto ajudava o pai pedreiro.
Léo Batista deixou um legado inigualável na comunicação esportiva brasileira. Sua dedicação, paixão e estilo descontraído marcaram gerações de telespectadores e colegas de profissão.
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