Mulher declara inocência após cinco meses presa por suspeita de envenenar crianças no Piauí

Após passar cinco meses detida sob a acusação de envenenar duas crianças, a aposentada Lucélia Maria da Conceição, de 53 anos, afirmou que sempre foi inocente. A Justiça do Piauí determinou sua liberdade provisória na última segunda-feira (13), e ela deixou a Penitenciária Feminina de Teresina por volta das 19h, acompanhada de seu filho e do advogado Sammai Cavalcante.

Lucélia era vizinha dos irmãos Ulisses Gabriel da Silva, de 8 anos, e João Miguel da Silva, de 7 anos, que morreram em agosto do ano passado após supostamente ingerirem cajus envenenados. Durante sua prisão, a casa de Lucélia foi incendiada e ela recebeu diversas ameaças de morte.

Reviravolta no caso e novo suspeito

A libertação de Lucélia ocorreu após um laudo da Polícia Científica do Piauí comprovar que os cajus consumidos pelas crianças não continham veneno. A análise detectou a presença de terbufós, um pesticida, no corpo de uma das vítimas, mas não nos cajus. Com isso, o Ministério Público solicitou a soltura da aposentada, que foi acatada pela Justiça.

Enquanto Lucélia buscava provar sua inocência, um novo suspeito surgiu. Francisco de Assis Pereira da Costa, de 53 anos, foi preso no último dia 8, acusado de envenenar oito pessoas, incluindo familiares e vizinhos, em 1º de janeiro. Entre as vítimas fatais estão a mãe, o tio e dois irmãos dos meninos intoxicados em agosto. Francisco de Assis, padrasto da mãe das crianças e casado com a avó delas, nega envolvimento nos crimes.

Superação e busca por justiça

Após deixar a prisão, Lucélia desabafou sobre os momentos difíceis vividos durante os quatro meses e 20 dias de detenção. “Já chorei muito. Pedi a Deus para que eu possa vencer e que apareça o verdadeiro assassino”, declarou emocionada.

Sem poder retornar à sua residência, destruída pelo incêndio, ela planeja viver com familiares e continuar seu tratamento de saúde, já que enfrenta uma erisipela, uma infecção bacteriana na pele.

Caso repercute no Piauí

A investigação sobre as mortes das crianças e o possível envenenamento de outras pessoas continua em andamento. O caso segue ganhando repercussão, principalmente pela reviravolta e as consequências trágicas para as famílias envolvidas.

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