Curitiba terá segundo turno nas eleições municipais, com uma disputa entre o atual vice-prefeito Eduardo Pimentel (PSD) e a surpreendente candidata Cristina Graeml (PMB). O cenário foi inesperado, já que, até a última semana, Graeml não figurava entre as principais apostas para avançar ao segundo turno. Ela aparecia nas últimas posições das pesquisas, mas surpreendeu ao saltar mais de 20 pontos percentuais nas pesquisas divulgadas na última sexta-feira. Esse crescimento rápido acendeu o alerta nas campanhas de Eduardo Pimentel, Luciano Ducci e Ney Leprevost.
Luciano Ducci, em uma tentativa de última hora para reverter a situação, divulgou um vídeo de apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na véspera das eleições. No entanto, essa estratégia não foi suficiente para mudar o cenário. O resultado final das urnas selou a disputa entre Pimentel e Graeml: Eduardo Pimentel obteve 33,51% dos votos, enquanto Cristina Graeml conquistou 31,17%.
Agora, com o segundo turno agendado para o dia 27 de outubro, a dinâmica da campanha muda completamente. Cristina Graeml, que antes não tinha tempo de TV devido à pouca representatividade de seu partido, o PMB, terá o mesmo espaço na televisão e no rádio que Eduardo Pimentel. Isso pode influenciar de maneira significativa os rumos da disputa, uma vez que o alcance de sua mensagem será ampliado.
A reviravolta de Graeml, que foi subestimada no início da campanha, demonstra como as eleições podem mudar de rumo rapidamente. O fato de ter avançado para o segundo turno, partindo de uma posição tão desfavorável, mostra a força de sua campanha nas últimas semanas e a capacidade de mobilizar o eleitorado.
Os próximos dias serão decisivos, com ambos os candidatos tendo que intensificar suas campanhas, conquistar novos apoios e persuadir o eleitorado indeciso. Será uma disputa acirrada, marcada pela exposição midiática, novos debates e a necessidade de consolidar suas bases eleitorais para garantir a vitória no segundo turno. A cidade de Curitiba se prepara para mais uma decisão nas urnas, onde os eleitores definirão quem comandará a prefeitura pelos próximos quatro anos.