A ministra da Gestão e Inovação, Esther Dweck, informou na noite deste domingo (18) que aproximadamente 1 milhão de candidatos participaram das provas da primeira edição do Concurso Público Nacional Unificado (CPNU). Ela destacou que os dados completos serão divulgados nesta segunda-feira (19). Mais de dois milhões de pessoas estavam aptas a fazer as provas, realizadas ao longo do dia.
Dweck afirmou que o comparecimento ficou “dentro da nossa expectativa”, com uma abstenção estimada entre 52% e 53%, abaixo de outros concursos recentes, como o do Banco Central, que registrou 62% de ausência. “Foi um número que nos surpreendeu positivamente. Estamos muito felizes com esse resultado”, disse a ministra.
Conhecido como o “Enem dos concursos”, o CPNU é o maior já realizado no país em termos de inscritos. As provas foram aplicadas em duas etapas em mais de 200 cidades, reunindo pela primeira vez mais de 6 mil vagas em 21 órgãos federais.
O gabarito oficial será divulgado na próxima terça-feira (20), e as notas dos candidatos devem ser conhecidas em 8 de outubro, com os resultados finais em 21 de novembro. A posse dos aprovados está prevista para janeiro do próximo ano.
Sobre a aplicação das provas, Dweck ressaltou que ocorreu sem “nenhuma intercorrência” em todo o país. Menos de 0,2% dos locais de prova tiveram algum tipo de problema, mas, segundo a ministra, essas situações não comprometeram a realização das provas.
A ministra também informou que cerca de 500 candidatos foram desclassificados por motivos diversos, como levar o caderno de provas ao deixar o local, algo proibido pelo edital.
O CPNU, inicialmente marcado para maio, foi adiado devido às fortes chuvas e enchentes no Rio Grande do Sul, que impediram a realização das provas no estado. O adiamento gerou custos operacionais ao governo, mas a reaplicação das provas custou cerca de R$ 33 milhões, abaixo dos R$ 50 milhões inicialmente estimados.
O advogado-geral da União, Jorge Messias, afirmou que o concurso foi alvo de poucas ações judiciais, com nenhuma nova ação apresentada nas últimas 48 horas, o que ele considerou um sinal de sucesso do ponto de vista jurídico.
Por fim, Esther Dweck mencionou que o governo ainda está avaliando a possibilidade de realizar uma nova edição do CPNU em 2025. A decisão dependerá do orçamento e da adesão de órgãos federais, com uma definição prevista para o final deste ano ou início do próximo.
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