Atletas israelenses enfrentam um novo desafio antes dos Jogos Olímpicos de Paris. Mensagens ameaçadoras foram enviadas a 15 atletas israelenses, sugerindo a possibilidade de um ataque terrorista semelhante ao ocorrido nas Olimpíadas de Munique em 1972.
Mensagens como “Cheguem na França, nós os mataremos” e “Preparem-se para a Intifada” chegaram aos e-mails dos atletas olímpicos israelenses e suas equipes na última quinta e sexta-feira. Essas ameaças, escritas em hebraico precário e enviadas de números estrangeiros, alarmaram a comunidade esportiva, evocando memórias do trágico ataque de 1972, quando 11 atletas israelenses foram torturados e assassinados pela organização terrorista Setembro Negro.
Yael Arad, presidente do Comitê Olímpico Israelense, destacou que os atletas estavam preparados para essas ameaças e receberam orientações sobre como agir. A delegação israelense, composta por 88 atletas, chegou a Paris sob um esquema de segurança robusto, incluindo agentes armados da Shin Bet (Agência de Segurança de Israel). Esta operação de segurança é considerada a maior já implementada para atletas israelenses em Jogos Olímpicos.
O Ministro da Cultura e Esportes de Israel, Miki Zohar, revelou que os preparativos de segurança começaram há um ano e que o orçamento de segurança foi dobrado devido à guerra Israel-Hamas. Agentes da Shin Bet, equipados com armas e tecnologias avançadas, contarão com o apoio de forças de segurança e policiais locais.
O ex-chefe do Shin Bet, Yaakov Peri, mencionou que diversas ameaças são direcionadas à delegação israelense, muitas das quais ele acredita serem fomentadas pelo regime iraniano. Ele expressou preocupação particular com a França, devido ao nível de antissemitismo no país.
Na última sexta-feira (19), policiais franceses prenderam um homem que tentou matar um taxista com uma faca enquanto expressava seu apoio ao Hamas. Israel tem evitado muitos ataques terroristas do Irã e de outros grupos nos últimos meses, alertando sobre o alto risco de terrorismo para israelenses no exterior. Zohar enfatizou que essa ameaça elevada é uma preocupação global, afetando não apenas judeus e israelenses, mas todos que amam o esporte e a liberdade.
