A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) recebeu uma proposta substancial de quase R$ 1 bilhão anual para substituir a Nike como fornecedora de material esportivo da seleção brasileira. As empresas interessadas nessa parceria são Adidas e Puma, embora não tenha sido revelado qual das duas fez a oferta.
O atual contrato entre a CBF e a Nike está programado para permanecer em vigor até 2026, com um valor anual de US$ 35 milhões, incluindo o fornecimento de material esportivo, equivalente a cerca de R$ 177 milhões. Portanto, a proposta recebida representa aproximadamente cinco vezes o valor do contrato atual.
Um dos atrativos da nova proposta é o pagamento de royalties sobre a venda de camisas da seleção, além da oportunidade de abrir lojas e participar das vendas. Atualmente, a Nike não repassa nenhum valor da comercialização das camisas para a CBF e não possui lojas.
A diretoria da CBF solicitou à Nike uma revisão do contrato para incluir o pagamento de royalties, seguindo o padrão do mercado brasileiro. No entanto, o pedido foi negado pela Nike, que optou por manter as condições atuais do contrato.
Paralelamente, há um movimento no mercado internacional, como o caso da Alemanha, que recentemente trocou a Adidas pela Nike, em um contrato que supera em muito o valor atual do acordo da CBF. Diante disso, a diretoria da confederação considera necessário melhorar o valor do contrato atual.
A proposta feita pelo concorrente da Nike é considerada pela CBF como a maior já recebida de um fornecedor de material esportivo para seleções, o que destaca a importância das negociações em curso.
Enquanto isso, a Nike demonstrou interesse em renovar sua parceria com a CBF, após perceber o interesse de seus concorrentes. Um dos principais executivos da empresa viajou para o Brasil para discutir o assunto com a diretoria da confederação. O presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, preferiu não comentar sobre o assunto, em respeito aos contratos vigentes com seus parceiros.