Domingo, 1 de maio de 1994, tinha tudo para ser mais um domingo normal. Corrida de Fórmula 1 pela manhã, seria o Grande Prêmio de San Marino. Era tradição acompanhar corridas, pois, havia um piloto que brilhava e se destacava por sua garra e determinação: Ayrton Senna. Ele tinha dom natural ao volante, já no Kart (onde iniciou a carreira) já se destacava. Na Fórmula 1 estreou em 1984 e lá conquistou três títulos: 1988, 1990 e 1991.
Além das conquistas nas pistas, Senna também era reconhecido por seu caráter determinado e personalidade carismática. As pessoas o admiravam não apenas por sua habilidade como piloto, mas também por sua dedicação ao esporte e sua busca implacável pela excelência.
Curva Tamburello: Aqui foi o final do maior piloto brasileiro de todos os tempos. Na sétima volta da corrida, o carro de Senna perdeu o controle ao entrar na curva Tamburello a uma velocidade estimada de cerca de 306 km/h. O carro colidiu violentamente contra o muro de concreto, resultando em ferimentos fatais para o piloto brasileiro.
Ayrton Senna carregava uma bandeira da Áustria
Poucos sabem, mas neste dia Senna carregava uma bandeira da Áustria. A ideia era vencer a corrida e homenagear o piloto austríaco, Roland Ratzenberger, que havia se acidentado no mesmo circuito no dia anterior durante as sessões de classificação para a corrida. Senna estava profundamente abalado pela perda de seu colega e competidor. A bandeira austríaca foi encontrada no carro de Senna após o acidente fatal.
Contudo cogitou-se cancelar a corrida, Senna era um dos apoiadores inclusive. No entanto, questões contratuais foram determinantes para que a corrida acontecesse.
Roland Ratzenberger, que corria pela Simtek, bateu violentamente na curva Villenueve. Na volta anterior à batida, Ratzenberger havia danificado a asa dianteira do carro, e posteriormente, a mesma se soltou, fazendo-o perder o controle do veículo, resultando em uma violenta batida contra o muro. Dessa forma o impacto resultou em uma fratura basal craniana no piloto, que foi levado às pressas até o Hospital Maggiore de Bolonha. Porém, oito minutos depois, veio a notícia do falecimento.
Apesar da tentativa, a corrida aconteceu. E logo em sua largada, mais um acidente. No grid, a Benetton de JJ Lehto não largou e o piloto Pedro Lamy, da Lotus, o atingiu em cheio na traseira. O impacto fez com que um pneu se soltasse, atravessasse a cerca que protegia a pista e atingisse 4 espectadores.
O acidente
Ayrton Senna conquistou a pole position na sexta volta, liderando a prova com o melhor tempo. Entretanto, no início da volta seguinte, perdeu o controle do carro, saiu da pista e colidiu violentamente contra um muro.
A batida foi tão forte que o carro girou e quase retornou à pista. Ergueram imediatamente a bandeira vermelha e enviaram a equipe médica para o local.
Senna sofreu danos cerebrais graves, e ainda no local do acidente constatou-se a perda de massa encefálica. Realizaram uma traqueostomia para tentar estabilizá-lo após uma parada cardíaca.
Posteriormente, transferiram Senna de helicóptero para o Hospital Maggiore, onde ele recebeu uma transfusão sanguínea. No entanto, poucas horas depois, os médicos anunciaram sua morte cerebral.
Tudo começou na sexta-feira
Rubens Barrichello, neste mesmo circuito teve seu pior acidente na carreira, chegou a ficar morto por seis minutos, isso segundo os médicos que o atenderam. A eficiência da equipe de resgate no circuito foi fundamental, dada a violência da batida, que teve o impacto de 90G — que corresponde a 90 vezes o peso do piloto.
Barrichello chegou a Imola como vice-líder do campeonato, depois de um quarto lugar em Interlagos e um terceiro no Japão. Senna ainda não havia pontuado na temporada, pois havia “abandonado” as duas corridas anteriores.
A 225 km/h, Rubens perdeu o controle do carro, subiu na zebra e foi arremessado pelo ar. A Jordan atravessou a barreira de pneus de proteção, colidiu lateralmente na tela de segurança diante de uma das arquibancadas, deslizou pela grama ao lado da pista e capotou duas vezes antes de parar de cabeça para baixo. Foi uma batida terrível. O capacete de Rubens chegou a se quebrar devido ao impacto contra o cockpit.
Como foi a carreira de Ayrton Senna
Ayrton Senna fez sua história na Fórmula 1 e eternizou seu legado. Mesmo muitos anos após o trágico acidente, as pessoas ainda o lembram como referência na categoria. Senna estreou na Fórmula 1 em 1984 pela equipe Toleman, no Grande Prêmio do Brasil. E rapidamente mostrou seu talento ao garantir sua primeira vitória no Grande Prêmio de Portugal em 1985, sob condições climáticas adversas.
Ao longo de sua carreira, Senna conquistou três campeonatos mundiais de Fórmula 1, em 1988, 1990 e 1991, correndo pela equipe McLaren. Senna subiu ao pódio 80 vezes, conquistando 41 vitórias e 65 pole positions e disputou 161 Grandes Prêmios em sua carreira. Ayrton Senna demonstrava habilidade em pistas molhadas, além de pilotar de forma agressiva e mostrar determinação inabalável.
