Que no Brasil se fala português, não temos dúvidas. Mas o que pouca gente sabe é que ela não é a única falada, e ao todo se falam quase 300 línguas em nosso território. Aliás, quase todos os países do mundo falam mais de uma língua em seu território, não é exclusividade nossa. O português, claro, é a oficial, falada por 97,9% da população. Mas, você sabe qual é a segunda língua materna mais falada em nosso país?
Você deve estar imaginando que deva ser uma língua indígena, não é mesmo? Na verdade, existem vários idiomas indígenas, mas nenhum deles aparecem nas primeiras posições: A mais falada das línguas indígenas é tikuna (com 34 mil falantes), seguida pelo guarani kaiowá (com 26,5 mil), o kaingang (22 mil), o xavante (13,3 mil) e o yanomami (12,7 mil). Mas nenhuma delas é.
Então, você deve imaginar que seja alguma língua dos imigrantes, quem sabe o italiano, já que é muito difundido a cultura, teve até um monte de novelas já. Na verdade, o italiano é até bem falado no nosso país, ocupa a terceira posição. Em muitas cidades do interior gaúcho, catarinense, paulista se comunicam com ela, sendo ensinado até em escola pública. Mas, chega de rodeios, a segunda língua do Brasil é o alemão. Da mesma maneira que o italiano, imigrantes em pequenas cidades mantém a tradição é a língua que continuam sendo passados de pai para filho.
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Proibição das línguas..
As línguas estrangeiras poderiam ter se difundido mais, rivalizando, inclusive, com o protagonismo português. Muitos imigrantes vieram para cá, sem saber o idioma local e aqui estabeleceram colônias, era uma forma de manter suas raízes. A língua era ensinada aos seus descendentes, nas igrejas, cultos e missas eram na língua deles; não existiam, ainda, meios de comunicação em massa. Não se via uma utilidade em ser fluente em português. Praticamente só se fosse necessário ir às grandes cidades da época.
Porém, durante o governo de Getúlio Vargas, foi implementado uma série de medidas para fortalecer o nacionalismo. Dentre estas medidas a proibição do uso de línguas estrangeiras em locais públicos, tais como escolas e jornais. Isso, segundo historiadores, era para promover a unidade cultural e linguística no país, reforçando a identidade nacional brasileira.
A campanha para nacionalizar o português, incluiu restrições ao ensino de línguas estrangeiras, Vargas queria reduzir a influência estrangeira na cultura brasileira. Após o final do Estado Novo, algumas restrições caíram em desuso.
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