Manaus enfrenta uma das piores seca de sua história, com o Rio Negro atingindo o nível alarmante de 13,59 metros. Os registros obtidos pelo porto da capital amazonense apontam para uma média de 13 centímetros de queda por dia.
Esta seca é considerada a mais severa desde que as medições hidrológicas foram iniciadas no Rio Negro, em 1902, ultrapassando o recorde de 2010, quando o rio atingiu 13,63 metros. O Serviço Geológico do Brasil (CRPM) previu que o ápice da estiagem só deveria ocorrer na segunda quinzena de outubro, o que aprofundará a crise.
A situação é alarmante, afetando não apenas o abastecimento de água e a navegação, mas também causando problemas ambientais. Manaus enfrenta uma onda de fumaça devido a queimadas na região, resultando em uma qualidade do ar classificada como uma das piores do mundo.
A seca também impacta diretamente a economia, com escolas fechando nas áreas rurais e problemas no transporte de mercadorias do Polo Industrial. A paisagem da cidade se transformou dramaticamente, com o Rio Negro desaparecendo e revelando bancos de areia, barcos encalhados e um “mar de lixo.”
A população que depende do rio para sua subsistência enfrenta dificuldades crescentes. Comerciantes como Erick Santos, que alugou um flutuante no Lago do Puraquequara, sofrem com a diminuição da renda, enquanto a incerteza sobre quando o rio subirá novamente gera preocupações generalizadas.
Os habitantes locais experientes acreditam que a situação pode piorar antes de melhorar, com expectativas de que o cenário só melhore no final de novembro e início de dezembro. Enquanto Manaus lida com essa seca devastadora, a cidade continua a enfrentar desafios significativos. A população e as autoridades locais buscam soluções para amenizar os impactos desse desastre natural que afeta profundamente suas vidas e meios de subsistência.
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