Anos 90, começo dos anos 2000 não havia tantos institutos de pesquisa, eram dois os mais conhecidos: Ibope, Datafolha. As pesquisas não eram realizadas com tanta freqüência, no máximo uma a cada duas ou três semanas. Como não havia internet e o principal veículo de informação era a televisão, este momento era aguardado, o momento de divulgar uma pesquisa. Os eleitores olhavam, analisavam e faziam comentários entre os seus. Os candidatos dependiam delas para suas estratégias de campanha, geralmente algumas campanhas mudavam o tom após divulgação, e o resultado desta tática poderia ter influência para a próxima pesquisa. E de fato havia influência, como já mencionamos sendo a televisão o principal meio, não havia uma forma de questionar determinados pontos com a massa. Hoje a internet tem este papel, é evidente que também é necessário filtrar as informações que recebe, no entanto, ganhamos voz. Tudo passou a ser questionado e investigado, a informação caminhando numa velocidade muito maior. E com tudo isso os institutos de pesquisa aumentaram o número de pesquisas por pleito, contudo, o nível de erros na pesquisa estão entrando em debate e colocando em xeque a necessidade de existir está sondagem.

            O jeito de votar se aperfeiçoou no decorrer dos tempos, havia períodos onde o voto era exclusivo para uma parcela da sociedade, e estes ditavam quem seria que comandaria. Mudou. Já passamos por voto por aclamação, papel, urna eletrônica. Pobres, analfabetos, homens, mulheres, jovens com mais de 16 anos podem votar: que conquista. E o interesse por conhecer os candidatos é outro ponto a se ressaltar. Mas e os institutos de pesquisa? Eles têm suas metodologias, procuram entrevistar todos os ramos da sociedade. Mas existem falhas, por quê? Queremos acreditar na lisura, afinal ninguém faz nada para ser desacreditado, mas falhas freqüentes muito acima da margem de erro vêm acontecendo. Talvez seja hora de pensar e mudar a metodologia de aplicação, fazer realmente uma leitura do que é apresentado e do que é concretizado.

            Eleição tem a cada dois anos, dá tempo de planejar um novo formato. As pessoas lutaram tanto pelo direito de escolher, votar é cidadania, acompanhar como esta sendo o desempenho também faz parte do jogo. É importante ressaltar que para votar não se deve basear pelo o que as pesquisas indicam, tenha opinião própria e a exerça. Mas, da mesma forma não podemos achar normal errar tanto. De qualquer forma, eles continuaram aí fazendo pesquisas e divulgando, e nós continuaremos acompanhando e se perguntando o porquê de uma diferença significativa?

Reporte Tiago Caroleski

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